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Legal Design Thinking: aprenda, gere valor e melhore seus resultados!

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“Design thinking é uma abordagem para a inovação centrada no ser humano, que utiliza do kit de ferramentas do designer para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades da tecnologia e os requisitos para o sucesso do negócio.”

Tim Brown, CEO da IDEO

Há quase dez anos, no Vale do Silício, a metodologia do Design Thinking ganhava corpo com o lançamento do livro “Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias”, dos professores David Kelley e Tim Brown, mentores da consultoria de inovação IDEO.

A abordagem que já foi injustamente resumida a “um processo utilizado por um grupo de profissionais de diversas áreas para criar um carrinho de compras inovador” é, na realidade, uma poderosa ferramenta para resolução de desafios complexos. Em razão disso, não demorou muito para profissionais de fora da área do design notarem seu valor.

Isso inclui a área do Direito que, nos últimos anos, vem transformando diferentes serviços jurídicos com resultados provenientes da metodologia ー estamos falando do Legal Design Thinking (LDT).

http://www.ted.com Tim Brown says the design profession is preoccupied with creating nifty, fashionable objects — even as pressing questions like clean water access show it has a bigger role to play. He calls for a shift to local, collaborative, participatory “design thinking.”

No vídeo, Tim Brown convida designers a pensar grande: “A metodologia do Design Thinking está começando a explorar seu potencial de participação. A mudança de um relacionamento passivo entre consumidor e produtor para um engajamento ativo de todos em experiências que são significativas, produtivas e lucrativas.”

Como funciona o Legal Design Thinking?

Design original do mouse da Apple, desenvolvido pela IDEO

Primeiro é preciso ter um escopo claro. Para isso, é fundamental estar atento aos pontos de atrito entre você e seus clientes ou usuários do seu produto jurídico ou em alguma oportunidade. Veja os problemas que ocorrem repetidamente, que atrasam processos e irritam as pessoas, pois é ali é onde está o nó que precisa ser desfeito. E pense entender “problema” de forma ampla, pois o LDT também é utilizado para criação de novas propostas de valor, baseadas em novas tecnologias ou no desenvolvimento de novos mercados.

Em seguida, é preciso recrutar o squad para participar do processo/workshop/dinâmica de Legal Design Thinking e desenvolver uma solução para o problema.

Muito importante é entender que existem várias metodologias e não uma específica. Tudo depende da necessidade do cliente. Mais relevante é que o método ou métodos sejam colaborativos, visuais, rápidos, simples, que empoderem o cliente e que resolvam o problema e gerem valor. A abordagem mais utilizada é aquela que se baseia em cinco passos:

Embora a metodologia tenha poucos passos, ela se desenvolve por meio de iterações, o que significa que você vai revisitar etapas até chegar ao resultado adequado. Nesse processo de criação colaborativa, a presença de um facilitador faz toda a diferença, é ele quem vai conduzir o processo e garantir a adequação ao modelo mental que a abordagem exige. Hora do Legal Designer entrar em ação! (Veja também: Legal Designer: quem é esse profissional?)

Trazer um modelo desenvolvido no berço do Vale do Silício, com abordagens que são muitas vezes lúdicas, para o ambiente jurídico já é por si só um grande desafio. E para aplicar com sucesso o Design Thinking às questões jurídicas, é fundamental ativar nas mentes do time as chaves certas:

  • Foco no usuário: a experiência do usuário está no centro de tudo. No ambiente jurídico, esse usuário pode ser um cliente (externo ou interno) tanto em escritórios de advocacia quanto em departamento jurídico. Para chegar ao cerne do desafio, é essencial se desligar da visão parcial e tomar distância do problema. Somente assim é possível ouvir e enxergar, de fato, as dores de seus clientes nas dificuldades cotidianas.
  • Trabalho em equipes multidisciplinares: a diversidade no time, com profissionais de diferentes expertises, experiências e perspectivas, é responsável por criar um ambiente mais criativo e inovador. A solução criada será muito mais completa, respeitando os mais diversos aspectos.
  • Processo iterativo: assim como o Método Ágil ー que nasceu entre programadores para acelerar desenvolvimento de softwares, e também ganhou aplicabilidade nas mais diversas áreas ー o Design Thinking trabalha com rapidez e coloca em teste as ideias conforme elas surgem. Esse é um método não convencional, especialmente no contexto jurídico, mas que ganhou muita força recentemente por conta das startups de tecnologia. Essa iteratividade, além de estreitar relacionamentos com clientes, resulta em soluções mais completas em um menor tempo.

Aprenda fazendo no curso Legal Design Thinking, que será realizado na Future Law no dia 29/08/2019. Inscrições: Curso Legal Design Thinking.

Considere aplicar o Legal Design Thinking

Imaginar o Legal Design como uma opção ainda não é uma prática tão difundida, especialmente aqui no país, porém nos Estados Unidos já existem iniciativas consolidadas, como o Legal Design Lab, da Stanford Law School, pioneiro no desenvolvimento de novos modelos de acesso ao sistema judiciário norte-americano.

Continue lendo o artigo e assista ao vídeo com a designer Margaret Hagan, do Legal Design Lab de Stanford, em entrevista para LegalRnD:

Margaret Hagan, Director of the Stanford Legal Design Lab, discusses the goals of the Building a Better Lawyer workshop, and what she took away from the event.

“Nós estamos redesenhando as escolas de Direito, o ensino jurídico, escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Existem muitas novas maneiras para sermos melhores advogados.”  

Margaret Hagan

No Brasil, são cases emblemáticos os das organizações jurídicas que inovaram utilizando o LDT: os departamentos jurídicos da Localiza Hertz, ThyssenKrupp, Centauro, Braskem , Sabemi, a empresa de negociação de passivos Pact, e os escritórios Antunes Mascarenhas e Lott Advogados. Com ajuda do fundador da Future Law e do Studio LSD – Legal Service Design, Christiano Xavier, elas realizaram trabalhos como plano de inovação, re-design de área, legal analytics, criação de novos serviços, melhoria de processos de gestão, redução de custos, visual law, etc.

Workshop de Legal Design Thinking

Como essas empresas e escritórios, considere utilizar o método de Legal Design Thinking para os desafios da sua organização jurídica, pois a revolução digital está fazendo com que os clientes cada vez mais busquem não só os melhores resultados, mas as melhores experiências.

Um conselho: não dá para ficar parado… Muitas organizações começam a se preparar, e a prepararem seus líderes, para a realidade exponencial, pois as mudanças em curso exigem um novo olhar sobre as coisas – em todos os sentidos. Continuar fazendo as mesmas coisas da mesma maneira é colocar em risco os negócios e a carreira.

Photo by JF Martin


Quer aplicar o Legal Design Thinking para encarar os desafios do seu negócio? Nós podemos te ajudar!

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